quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Hora da reflexão



Quando a Aula dá Errado





Já parou para pensar em todas as vezes que você preparou as aulas, preocupou-se em pesquisar materiais, escolher um vídeo, um determinado mapa ou gráfico e quando esta aula foi ministrada tudo deu errado?


A ideia é que os alunos estivessem ávidos por aprender, mostrassem interesse e participassem da aula, mas nada disso aconteceu. Você encontrou alunos apáticos, desinteressados, ou então, a grande maioria estava ocupada em ligar o celular, brincar com algum joguinho, ouvir uma música, trocar bilhetinhos, olhar pela janela, prestar atenção ao colega. Na verdade eles estavam muito “ocupados” para prestarem atenção na sua aula.

Mas, o que deu errado? Bem, temos de analisar qual é a estrutura de uma aula fadada ao fracasso para você conhecer o que precisa ser evitado na próxima vez que for prepará-la.

- Aula Nota 0: Elementos que fazem com que uma aula dê errado:

01.   Jamais entre na sala de aula despreparado, ou com uma aula preparada no último minuto, saiba que é o maior descaso com os alunos fazer isso;
02.   A aula não é para você, por isso jamais seja “verborrágico”, ou seja, não fique falando todo o tempo e só com termos difíceis do aluno entender;
03.   Não use o tom de voz monótono, sem vibração ou calor. Talvez essa seja a sua 10ª. Turma, e você já está entediado em abordar o mesmo assunto, porém os alunos captam essa vibração;
04.   Jamais elabore aulas que não dêem espaço para os alunos interagirem, darem opiniões ou fazerem perguntas;
05.   não faça do livro didático a sua muleta, você pode, e deve, saber andar sem ele;
06.   Nunca faça perguntas fechadas do tipo “sim”, ou “não”;
07.   Jamais faça perguntas que dependam de voluntários para responder;
08.   Evite distribuir o tempo em: explicar, fazer exercícios e correção (esse é o modelo clássico da  “decoreba”.

- Aula  Nota 10: Elementos que fazem com que uma aula dê certo,  é quando o professor:

01.   Elabora a aula adequando-a ao linguajar e expectativas do aluno;
02.   Promove e estimula a interação dos alunos com perguntas abertas e contextualizadas às vivências dos alunos;
03.   Mostra paixão e vibração em suas aulas;
04.   Diversifica as estratégias de ensino e sempre está testando novas práticas de ensino;
05.   Traz o mundo para dentro da sala de aula por meio de jornais, debates, noticiários, músicas, assuntos polêmicos, assuntos inovadores, etc;
06.   Faz com que o conhecimento da sala de aula tem sentido no mundo fora dela, para que os alunos possam assim, compreender o sentido de estarem aprendendo aquilo;
07.   Tem sempre um plano “B” para quando o vídeo, ou DVD não funcionar;
08.   Mostra-se sempre criativo e proativo em todas as situações;
09.   Tem senso de humor o bastante para rir de si mesmo e rir junto com os alunos;
10.   Por meio de todas as suas aulas, tem a convicção de que entregaram algo realmente significativo e que vai tornar a vida daqueles jovens menos difícil.




Como lidar com o aluno tímido 



 A criança tímida pode ser tudo, menos um problema de indisciplina. Na verdade, ela é exatamente o oposto. Enquanto muitos de seus colegas trabalham duro para conseguir atenção, às vezes de forma turbulenta, a criança tímida batalha igualmente, no sentido de evitar o tumulto ou a bagunça. Temerosos de chamar a atenção para si mesmas, elas preferem se misturar com o grupo. 


Mais espectador que participante, ela tende a sair de cena ao invés de encarar um confronto. Uma criança tímida pode ser mal interpretada pelos colegas, que geralmente a vê como hostil e conclui que ela não quer brincar ou relacionar-se com eles. 

Na realidade, a criança tímida geralmente quer se envolver com seus colegas, mas não sabe como começar ou manter uma conversação. 

Os professores também podem interpretar mal a criança tímida, confundindo sua relutância em interagir com o grupo como uma escolha. Os professores podem concluir que uma criança tímida é academicamente lenta, ou ainda que, por serem bem comportadas precisam de pouca atenção. 

Embora seja verdade que uma criança tímida, muitas vezes seja um aluno aplicado, esta criança ou jovem frequentemente precisa de atenção do professor para estimulá-la e dar-lhe a confiança para amadurecer em seus relacionamentos. 

O fato é que muitas vezes apenas nos concentramos naqueles que nos dão trabalho e trazem problemas, e negligenciamos os demais que estão quietinhos, sem darmos conta de que esses alunos estão enfrentando sérios problemas ligados a relacionamento e autoestima. 

O que o professor pode fazer: 

• Colocar o aluno tímido perto da mesa do professor, pois isso permitirá que o aluno possa falar com mais facilidade sem preocupar-se com os demais colegas que estão atrás dele. 

• Coloque o aluno tímido ao lado de outro colega tímido, pois facilitará a ambos iniciar uma amizade e a interação.

• Estabeleça constante contato com o aluno tímido. Quanto mais você for bem sucedido no desenvolvimento de uma relação de confiança com o aluno mais provável será que ele desenvolva a confiança necessária para relacionar-se com os seus pares. Tente encontrar tempo para fazer algumas atividades que a criança goste. 

 Fale reservadamente com o aluno tímido. Crianças tímidas precisam de prática em conversar com as pessoas. Mesmo pequenas conversas semanais acerca dos seus interesses os auxiliam a desenvolver habilidades sociais em uma zona de conforto segura. 

• Ensine sobre interação social. O ponto fraco das crianças tímidas é justamente a péssima interação social. Eles não sabem o que dizer, como se aproximar, como devem se portar, sobre o que e como devem falar sem parecerem ridículos. Assim, é preciso que eles sejam ensinados a praticarem pequenos gestos que os ajudem a desinibir e fazê-los sentirem-se seguros na presença de outras pessoas tais como: olhe sempre para o rosto da pessoa que estiver conversando, sempre sorria, ofereça ajuda, agradeça, faça elogios, não tema aproximar-se. 

 Fazendo amigos. A falta de traquejo social faz com que os alunos tímidos tenham poucos ou nenhum amigo, por esta razão estão sempre isolados e são sempre vistos sozinhos. Esses alunos querem se envolver com os demais colegas, mas preferem isolar-se e preservarem-se de serem ridicularizadas, pois assim é menos doloroso. 

Se você tem alunos nesta condição está na hora de começar a dar uma mãozinha e promover a interação entre os alunos para que as famosas “panelinhas” sejam quebradas e todos tenham chances iguais de se conhecerem e se relacionarem. Organize os grupos de forma que esses alunos possam interagir com outros colegas que tenham os mesmos interesses. Agrupe pares, com um aluno tímido e um mais descolado para desenvolver atividades mais divertidas, assim o tímido tem a chance de ser auxiliado pelo parceiro e vice versa. Atividades assim reforçam a cumplicidade e companheirismo. 

Dando um empurrão extra. É fato que crescemos quando somos desafiados a sair da nossa zona de conforto. Assim, será necessário uma vez ou outra, submeter esses alunos a situações com certo limite de desconforto e ansiedade. Alunos tímidos não gostam de realizar apresentações em público porque não se sentem confortáveis em falar para uma plateia, no entanto depois que você tiver desenvolvido todas as dicas acima, é o momento de começar a propor desafios deste tipo. Afinal, o propósito é ajudar essas crianças a superarem a barreira do medo e da insegurança. 

Quando os amigos isolam o colega que é tímido: 

Todas as crianças precisam de uma conexão com seus pares. Para aqueles que estão à margem da sociedade, a escola traz amargas lembranças de um período em que foram rejeitados e sofreram isolamento social. 

Você já teve dificuldade em encontrar um parceiro para um trabalho em grupo? Nunca era escolhido para uma brincadeira ou um jogo? Tinha apenas alguns poucos colegas para brincar no intervalo? Costumava tomar o lanche sozinho? 

Além do efeito que tal isolamento tem sobre a autoestima da criança, ele também pode ter um impacto significativo sobre a sua adaptação escolar. 

A criança que fica isolada tem negado, não apenas, as oportunidades de aprender as habilidades necessárias para desenvolver e manter amizades, bem como, tem o seu desempenho escolar afetado, já que sua saúde emocional fica comprometida. Não é de surpreender que as crianças que se sentem isoladas de seus pares tendem a ter cada vez mais problemas sociais e acadêmicos à medida que envelhecem. 

O que o professor pode fazer: 

1. Procure saber por que a criança está isolada. 

Encontre tempo para observar o aluno em diferentes contextos, como no horário do lanche, na entrada, na saída, na quadra, no pátio, corredores, etc. Converse com os pais da criança e professores do ano anterior. A informação que você recebe pode ajudá-lo a determinar se as dificuldades do aluno estão relacionadas a questões de timidez, prepotência, agressividade, aparência, higiene. Você não faz ideia de como as crianças e jovens podem ser cruéis e isolar um colega por motivos banais e até mesmo inexplicáveis.

2. Crie intervenções junto aos colegas.

Ofereça atividades para integração de todos os alunos.
Crie projetos onde seja trabalhado a cooperação.
Levante os pontos fortes, talentos e habilidades de todos os alunos e faça-os compartilhar, assim todos verão uns aos outros sob outra perspectiva. 

3. Crie intervenções junto ao aluno.

Converse com o aluno e ofereça ajuda.
Peça para o aluno listar os pontos fortes.
Listar as situações em que utilizou os pontos fortes.
Peça para o aluno listar os pontos fracos.
Peça para o aluno listar os problemas que está enfrentando devido a isso.
Peça para o aluno listar que tipo de ajuda gostaria de receber.
Dê orientações, dicas, sugestões 

4. Crie intervenções junto aos Pais. 

Encoraje os pais dos alunos tímidos para estimular e ajudar a nutrir os relacionamentos do filho com os colegas. Você pode sugerir aos pais que abram o lar para receber os colegas do filho. Dê-lhes ideias de como estruturar essas visitas, inclusive convidando apenas uma criança de cada vez e proporcionando uma atividade atraente para a primeira visita. Exemplo: Passar um final de semana, ir assistir um vídeo (sessão Pipoca), Fazer uma Noite do Pijama (para as meninas). Depois essas visitas podem ser transformadas em Passeios, Festas, Viagens.

Alunos quietinhos não dão problemas, então porque ater-se tanto a eles? Por não causarem transtornos, ou nunca estarem envolvidos em questões de indisciplina esses alunos são comumente invisíveis aos nossos olhos, mas são esses alunos que se tornam desajustados socialmente.

Alerto que estas situações de isolamento levam várias crianças e jovens a desgostarem de si mesmas ou da vida, encaminhando-as a praticarem a automutilação e até mesmo a cometerem o suicídio. Por isso fique atenta aos sinais de ferimentos nos braços, pulsos e pescoço.

Por isso, na próxima vez que você ver um aluno quietinho em um canto, sozinho, afastado dos demais, lembre-se ele não dá trabalho na sala de aula, mas ele precisa que alguém se dê ao trabalho de importar-se com ele.


(Roseli Brito)


Como lidar com o aluno 


Quase todas as classes tem um palhaço – aquele aluno que sempre faz ou diz algo que chama a atenção para si mesmo. Determinado a ser o centro das atenções, ele persiste com suas piadas ou respostas inteligentes até que finalmente recebe a atenção que deseja. Em situações extremas, o seu comportamento acaba incentivando outros alunos a seguir seu exemplo e se envolverem em brincadeiras. 

Embora outras crianças pensem que o palhaço da turma é engraçado – e sua reação a ele muitas vezes reforça o seu comportamento – o professor raramente vê esta situação como uma coisa engraçada. Isso porque as palhaçadas muitas vezes interrompem a aula e interferem com as lições. O palhaço da turma é perito em chamar a atenção dos outros alunos impedindo a concentração nas atividades escolares. No processo, ele muitas vezes não consegue fazer as suas próprias tarefas, pois utiliza o tempo para divertir a turma. 

Repreensões muitas vezes têm pouco impacto sobre o palhaço da turma. Com efeito, ele pode até desfrutar da atenção, mesmo que seja sob a forma de um comentário negativo. Embora possa ser possível ignorar algumas de suas travessuras menos perturbadoras, o Professor precisará ser mais ágil e estar atento quando observar que os gracejos do palhaço estão desviando a atenção dos outros alunos. 

O QUE VOCÊ PODE FAZER

Ter uma conversa cara-a-cara com o aluno. Levar o aluno de lado e perguntar por que ele está agindo desta forma. Faça isso de uma maneira calma, emocionalmente neutra – sem raiva ou sarcasmo – para que ele sinta-se confortável falando com você. Deixe os comentários dele orientar a sua resposta, o que pode incluir um simples apelo, da sua parte, para que ele coopere com você, ajudando o aluno a entender que seu comportamento interfere com o andamento da sala de aula e com o aprendizado dos alunos. Deixe-o saber que há um tempo e lugar para palhaçadas e suas aulas não são nem o tempo nem o lugar. 

Desenvolver um sinal não verbal para alertar o aluno quando o seu comportamento cruzar a linha do aceitável. O aluno pode precisar de sua orientação – talvez um sinal não verbal simples – para desenvolver o autocontrole e aprender quando parar. Fale com ele em particular e decida sobre um sinal que será dado quando você observar que ele vai aprontar. Algumas possibilidades incluem uma pausa enquanto estiver falando, levantar as sobrancelhas, menear a cabeça. Talvez, ainda, seja necessário dizer o nome dele para chamar sua atenção antes de sinalizar a ele, entretanto não pare a aula para a repreendê-lo. A ideia é fornecer um lembrete sem interromper o fluxo de sua lição.

Afaste o público do palhaço – O palhaço da turma, sentir-se-á muito seguro se tiver outros alunos dando-lhe atenção. Você pode reduzir o impacto das palhaçadas se conversar e conscientizar a turma das consequências que essas interrupções estão acarretando para o aprendizado deles. Encontre um momento em que o aluno esteja fora da sala e converse brevemente com a turma, pedindo-lhes a cooperação para não corresponderem às brincadeiras, gracejos e palhaçadas. Se os alunos cooperam, certifique-se de fazer o mesmo e seguir em frente com as lições e atividades do dia. 

Fique perto do aluno. Se você já observa que o aluno que faz as palhaçadas está fazendo menção de levantar-se para fazer algo, procure deslocar-se em sua direção. Não pare sua aula, se estiver explicando algo, continue, porém, dirija-se até o aluno mantendo contato visual com ele por um minuto ou dois. Sua presença, provavelmente, será suficiente para acalmá-lo e dissuadi-lo. Em geral, deslocar-se de forma imprevisível é uma excelente tática para ser utilizada durante as aulas. 

Proporcione ao aluno atenção positiva. Se você concluir que o comportamento do aluno que faz as palhaçadas é destinado a obter a sua atenção ou dos colegas, procure oportunidades para prestar atenção quando ele exibe um comportamento positivo ou apresenta bom desempenho em suas tarefas. Assim, você encontra outras maneiras de destacar suas realizações para a turma, focando a atenção para comportamentos positivos, isso pode contribuir para que o aluno fique menos compelido a utilizar de táticas inadequadas para chamar a atenção de forma incorreta. 

Identificar os momentos das palhaçadas. Observe as circunstâncias do comportamento dos alunos. Preste atenção ao que acontece antes e depois dos incidentes, quando estes geralmente ocorrem, e onde os alunos estão. Você pode observar que suas travessuras são piores em determinados momentos do dia – durante uma aula em particular, no dia que antecede as provas, ou nos períodos de apresentação de seminários, por exemplo. Reconhecer quando esse aluno está fazendo as palhaçadas pode levar você a entender por que ele está fazendo isso. Ele poderia estar atuando porque acha que as atividades são chatas, tediosas ou ainda difíceis. Ele pode sentir-se confuso sobre o que fazer, ou porque tem dificuldade de se concentrar por um período de tempo. Identificar a razão para esse comportamento poderia sugerir a necessidade de ajustar o nível de desafio das atividades, a duração ou o modo de apresentar as lições. 

Palco Dirigido – As palhaçadas só são negativas quando atrapalham a aula e provocam situações de indisciplina e desordem, e isso ocorre quando o aluno palhaço está no controle. Porém há uma outra maneira do Professor assumir esta posição: assumindo o controle de quando ocorrerão os momentos de “ palco” , ou seja, aqueles momentos onde serão permitidos mais livremente, as brincadeiras e colocações humorísticas. Para isso o Professor deve selecionar atividades em que os alunos, e neste caso, todos os alunos, terão o seu momento de exibição e expressão e isso é possível em qualquer disciplina e com qualquer conteúdo.

Considere aplicar as consequências. Se o problema persistir, dar ao estudante um aviso e, em seguida, fornecer uma consequência. Algumas medidas disciplinares possíveis incluem perder parte do intervalo, perder um privilégio ou desenvolver algum serviço voluntário dentro da Escola, tudo previamente definido com Coordenação/Direção e notificado aos Pais e Alunos no início do ano. 

E você, quais estratégias utiliza para lidar com o palhaço da turma? 

Roseli Brito

Fique atento!



Alunos com Dificuldades ou Problemas de Aprendizagem?

Visualize agora a sua turma e responda rápido: você tem alunos com dificuldades ou com problemas de aprendizagem? ! Se você ficou na dúvida, não se desespere, é compreensível, afinal com tantas nomenclaturas e definições controversas fica difícil encontrar o significado coerente para o termo.

Simplificando seria assim: um aluno com desordem neurológica ou psiquiátrica seguramente terá dificuldades para aprender qualquer coisa e consequentemente apresentará também problemas de aprendizagem em tudo o que for proposto. Já um aluno dito “normal” poderá ter problemas com a tabuada, pois não conseguiu elaborar corretamente o conceito da multiplicação, porém, se forem feitas as devidas intervenções pedagógicas esse mesmo aluno conseguirá superar este problema e seguirá adiante no que for ensinado.
Percebeu a diferença? Um problema de aprendizagem é temporário, já uma dificuldade de aprendizado é duradoura.

Na Escola encontraremos alunos com Deficiência Intelectual (capacidade intelectual inferior à média), que apresentam dificuldade de aprendizado e alunos com problemas de aprendizado nos mais variados conteúdos.
O fato é que em uma turma de 40 alunos, existem 40 indivíduos com ritmos, interesses e fisiologia distintos uns dos outros e, portanto, jeitos diferentes de aprender. Esses “jeitos diferentes de aprender” são também conhecidos como Estilos de Aprendizagem que nada mais são que o modo como esse indivíduo se comporta enquanto está aprendendo.

Os Estilos de Aprendizagem são:

  • Cinestésico: quando se utiliza da expressão corporal e a manipulação de objetos
  • Visual: quando é utilizado textos, livros, gráficos, fotos, diagramas, desenhos, provas escritas
  • Auditivo: quando é utilizado fala, sons e músicas

Encare do seguinte modo, ao adotar um determinado estilo de aprendizagem estou escolhendo a melhor forma de processar o conhecimento novo que estou recebendo. Assim ao conhecer o estilo de uma pessoa você saberá qual será a forma mais fácil e a mais difícil dela processar qualquer conhecimento.

Na Escola somos cobrados dentro de um único estilo: o Visual, assim todos os alunos que se enquadram neste estilo, seguramente tirarão excelentes notas. Já os alunos “cinestésicos” e “auditivos” terão os tão conhecidos problemas de aprendizagem.

Já estou até vendo você perguntando: “Como então trabalhar na mesma sala com os dois grupos”? Fazendo, conforme diz Perrenoud, a “diferenciação pedagógica”. Ou seja, elaborar atividades que contemple os três estilos de aprendizagem. Pegando o exemplo da tabuada, o Professor pode ensinar a multiplicação cantando, criando jogos com a manipulação de objetos, utilizando exercícios escritos, jogos de computador.

E os alunos com deficiência intelectual? Também serão beneficiados com a diferenciação pedagógica, já que não se sentirão discriminados, pois estarão realizando atividades com diferentes graus de desafio.

Como levantar os estilos de aprendizagem dos meus alunos? Observe no dia a dia na hora da execução das tarefas, quais são os momentos, ou em quais atividades determinados alunos mostram-se mais eficientes em realizar a tarefa dada.

Quando um conteúdo novo é apenas explicado quantos de fato conseguem compreender o que foi ensinado. Ao ajustar esse mesmo conteúdo e apresentar dentro de outro estilo de aprendizagem quantos alunos conseguem compreender? Anote esses dados e faça o mapeamento da sua turma, você ficará surpresa com os resultados.

Elaborar aulas levando em conta os estilos de aprendizagem e criar atividades diferenciadas dá trabalho? A minha resposta é: Muito mais trabalho dá, ter de lidar com problemas de aprendizagem, pois tanto o aluno quanto o professor ficam frustrados, extenuados e desmotivados, o que acaba gerando uma carga emocional negativa com todo o grupo.

Já com o uso da diferenciação pedagógica, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem do grupo, as aulas transcorrem de modo mais vibrante, em constante movimento de trabalho e alegria. Afinal, desta forma, todos se veem como capazes e inteligentes.

Roseli Brito
Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/?p=346

O Perfil do Professor e a Indisciplina


Pare um minuto para pensar na seguinte hipótese: Se os seus alunos fossem inquiridos sobre o que acham de você, qual seria a resposta deles? Você acha que eles lhe respeitam? Admiram? Ignoram? Consideram você uma (um) tirana (no)? Acham sua postura digna? Acham que você é educada (o)? Os seus alunos acham que a sua opinião tem valor e merece ser ouvida ?

Mas, o que tem a ver saber o que os alunos pensam de você? Em muitos casos a indisciplina na sala de aula está associada a imagem que os alunos fazem do Professor.

Se algumas das respostas encontradas foram negativas, então você tem um sério problema de relacionamento interpessoal com os seus alunos. Isso ocorre quando o relacionamento ocorre de forma unilateral, ou seja, apenas um dos envolvidos tem a primazia sempre.

Isso ocorre também o aluno vê falta de integridade e congruência na fala e no comportamento do Professor, quando isso acontece, tenha certeza, o caminho estará aberto a indisciplina na sala de aula. Afinal, quem respeitará um Professor que pede silêncio gritando? Ou que pede para que o aluno seja justo, quando esse mesmo Professor se utiliza de ameaças e intimidações?

O bom relacionamento é uma mão de duas vias, ou seja, implica que ambos saibam ouvir, falar, argumentar para que possam chegar a um consenso ideal na resolução de qualquer questão. Neste tipo de relação ambos conseguem crescer, pois amadurecem tendo de lidar com conflitos e situações limite no dia a dia.

Agora, como isso ocorre no dia a dia da sala de aula e dentro da Escola como um todo? Bem, o Professor precisa sair de uma postura rígida, autoritária e atuar mais como um líder usando de autoridade para gerir o processo pedagógico. Veja abaixo os dois perfis:


Mas, como sair do modo autoritário e atuar com autoridade? Basta aprender e começar a praticar as atitudes que mudarão o tom desse relacionamento.

O Professor que tem autoridade ganha o respeito e a admiração de todos porque:

- é competente no que faz pois domina os conteúdos
- tem estratégias criativas para estimular a curiosidade dos alunos
- está sempre por dentro de novas estratégias e novas tecnologias
- realiza sempre cursos de formação continuada
- é modelo de integridade e boas maneiras para todos os seus alunos
- enxerga além do plano de ensino e procura estimular os talentos dos alunos
- procura conhecer como “funciona” a cabeça do jovem, seus interesses e comportamento
- sabe “traduzir” o conhecimento na linguagem e dentro da realidade da criança e do jovem.

O ser humano é um ser emocional, e o seu aluno jamais lhe respeitará apenas porque você tem um diploma dizendo que é o Professor. O respeito e admiração surgirão quando ele tiver certeza do tipo de pessoa que está por baixo do título e do diploma. Esta autoridade é conquistada quando esse aluno comprova que você se importa, quando você demonstra atitudes proativas, bons exemplos e competência naquilo que você faz.

Então é hora de refletir se o relacionamento que você tem hoje com seus alunos é positivo ou não. Se ainda não for, então onde será preciso ajustar? O que deve ser modificado ou melhorado? Só tem um jeito de saber isso: perguntando. Aqui vai uma tarefa para você fazer amanhã: Peça para os alunos dramatizarem, desenharem, cantarem, e se for preciso: peça para eles falarem!


(Roseli Brito)

O segredo é...



Aprenda a pensar


A escola ensina um conjunto de procedimentos, fatos, conceitos e regras, coisas que já vêm prontas para você assimilar. Mas isso não é o bastante para o seu desenvolvimento. Você precisa aprender a pensar, usando sete tipos de pensamentos:

1. O pensamento dedutivo, em que você parte de premissas gerais e aceitas como verdadeiras e chega a uma conclusão sobre um fato específico.

2. O pensamento indutivo, em que parte de uma situação específica para chegar a conclusões gerais.

3. O pensamento analítico, em que analisa separadamente as partes que forma um todo.

4. O pensamento sintético, em que forma um todo a partir da reunião de suas partes.

5. O pensamento sistêmico, em que estabelece as relações entre as partes de um todo.

6. O pensamento crítico, por meio do qual questiona os fatos.

7. O pensamento criativo, com o qual produz ideias para desenvolver algo novo ou modificar algo que existe.

Se você não usá-los de modo integrado a sua capacidade de pensar não se desenvolve plenamente. Para viver as situações mais cotidianas talvez baste fazer deduções lógicas, generalizar fatos, entender o todo a partir das partes ou as partes a partir do todo. Mas, para compreender a realidade, discernir o que serve e o que não serve para você ser capaz de transformá-la, você precisa saber pensar criticamente, estabelecer relações entre os fatos e usar a criatividade.

Para desenvolver a sua capacidade de pensar, cultive o hábito de trocar ideias com os outros, pois isso o coloca diante de percepções diferentes da realidade. Não perca a chance de participar de debates e discussões, ouvindo os outros e expressando suas opiniões. Procure fazer um curso de Filosofia ou pelo menos ler livros sobre o assunto: Filosofia ensina a pensar! Acredite, isso é muito importante para o seu desenvolvimento.

Leila Navarro

Fique atento, professor!


PROCEDIMENTOS PARA A SUA SALA DE AULA




Professores inexperientes começam o primeiro dia de aula assumindo que devem apenas separar os conteúdos a serem dados aos alunos. Professores eficientes e experientes gastam a maior parte do tempo das duas primeiras semanas de aula em ensinar os alunos a seguirem os procedimentos.

A sala de aula tem de ter procedimentos claros para os alunos seguirem. Toda vez que o Professor desejar que algo seja feito, tem de existir um procedimento ou um conjunto de procedimentos para a realização da tarefa.

Alguns dos procedimentos que logo de início todo Professor deve ensinar aos alunos incluem:

1. Entrada na sala de aula: Será em fila? Sozinhos ou acompanhados do Professor? Professor estará aguardando na porta para recebê-los? As carteiras estarão identificadas no primeiro dia? Cada um escolhe o lugar que quiser para sentar ?

2. Saída no término da aula: 10 minutos antes do sinal todos devem começar a guardar o material e arrumar as carteiras? só depois que der o sinal é que será permitido começar a arrumar os materiais? Alunos saem em fila ou não ? Saem primeiro os meninos e depois as meninas? Saem todos juntos com o Professor? Saem apenas quando a sala de aula estiver em ordem?

3. Retorno do intervalo: Podem entrar ainda comendo o lanche e tomando o refrigerante? Podem entrar depois que todos já estiverem na sala? Qual a tolerância permitida para retornar do intervalo? Podem mascar chicletes durante a aula? Podem levar garrafinhas de água para a sala? O que acontece se o aluno não retornar à sala de aula no horário estipulado?

4. Atraso e faltas: Qual a tolerância para o atraso? Após o prazo tolerado qual será a consequência? Quem a aplica? Em caso de falta como o aluno ficará a par das tarefas dadas? Qual o prazo será dado para que o aluno coloque em ordem o caderno?

5. Mantendo o silêncio na sala: Para que os alunos se acalmem e prestem atenção no Professor é preciso criar um sinal para que eles saibam que você quer a atenção deles. Pode ser: sempre que você levantar a mão, ou fechar a porta, ou colocar a sua cadeira na frente do quadro negro, ou simplesmente ficar em pé com as mãos para trás, ou ainda fazer uma contagem regressiva do tipo 5, 4,3,2,1,0.

6. Como a aula será iniciada: Será com uma roda de conversa? Uma oração? Uma música? com o roteiro da aula já escrito no quadro negro?

7. Esclarecimento de dúvidas: O aluno deverá levantar a mão durante a explicação? Após a explicação? Deverá ir até a mesa do Professor após a explicação? O Professor irá até a carteira do aluno esclarecer? Haverá um plantão de dúvidas após a aula?

8. Trabalhos/Tarefas entregues fora do prazo: Serão aceitos ou não? A pontuação sofrerá alteração de quanto? Como os trabalhos devem ser entregues: digitados ou manuscritos?

9. Trabalhos em grupos: Os grupos serão sorteados pelo Professor ou os alunos poderão escolher quem quiser? Os grupos serão de quantos alunos? Caso um dos integrantes não esteja se empenhando? No caso de plágio ? No caso do trabalho ter sido feito por outra pessoa que não o aluno?

10. Bullying: Os alunos que estiverem sofrendo intimidações dos colegas podem recorrer a quem? Quando ? Onde? Qual será a abordagem adotada para com o aluno agressor e o agredido?

ENSINANDO OS PROCEDIMENTOS:
Muitos dos problemas de comportamento na sala de aula são causados pela falha em ensinar aos alunos como seguir os procedimentos. O Professor tem de aprender como efetivamente, criar procedimentos e fazer com que os alunos os pratiquem.

Abaixo segue o resumo de um método de três passos que é muito eficaz para ensinar os procedimentos da sala de aula aos alunos:

EXPLIQUE: Esclareça, explique e demonstre o procedimento
PRATIQUE: Faça-os praticarem e praticarem sob sua supervisão
REFORCE: Revise, reforce, pratique, e reforce o procedimento até que
o mesmo torne-se um hábito e uma rotina para o aluno

Se a sua sala de aula já tem procedimentos implementados, essas dicas vão ajudar a esclarecer ainda mais como melhorá-los. Se a sua sala de aula ainda não tem os procedimentos, saiba que você precisa implantá-los com urgência.


Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach




A importância do
A realização do planejamento é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem

O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade docente.

O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.

De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:

- clareza e objetividade;
- Atualização do plano periodicamente;
- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
- Articulação entre a teoria e a prática;
- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem;
- Sistematização das atividades com o tempo;
- Flexibilidade frente a situações imprevistas;
- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

VOCÊ PENSA ASSIM?





PARA A CRIANÇA, NÃO HÁ ERRO NO DESEMPENHO DE UMA TAREFA



Nas escolas, o processo mais comum de avaliação das tarefas propostas às crianças é o do CERTO e ERRADO, o das notas e conceitos. Isto é feito, entretanto, não da forma lúdica própria da criança, mas como um verdadeiro massacre sobre elas, classificando-as de uma forma geralmente brutal e irreversível. Com a poderosa tinta vermelha, o professor vai riscando provas e trabalhos... O que em geral, não se sabe é que uma criança não pode realizar uma tarefa que exija um nível mental que ela ainda não tenha atingido (que é o que normalmente ocorre). Não podemos, pois, admitir que exista CERTO e ERRADO, uma vez que sabemos que existem diferentes níveis de respostas a uma tarefa, dependendo dos níveis mentais atingidos pelas crianças, além de sabermos que tudo no universo é relativo...

Como Piaget diz que não se ensina estrutura mental (lógica, por exemplo), o mais honesto é esperar, respeitar o nível em que a criança se encontra, não esquecendo, porém de desafiá-la para crescer.

Em uma educação libertadora, os pontos (notas, conceitos) servem de brincadeiras estimulantes para as crianças, podem ser vistos como um jogo. As vitórias e derrotas devem ser dispersas pelos grupos. A nota individual deve ser utilizada o mínimo possível.

Isso depende também como o professor vê esta questão com ele mesmo e em seu universo pessoais! O professor reflete o que pensa, o que acredita e como se sente em relação ao mundo a partir de seus valores.

Todos os trabalhos feitos pelas crianças podem servir como um instrumento a mais para diagnosticar como elas pensam, que estrutura estão utilizando ao resolver problemas, para que possamos organizar-lhes tarefas correspondentes ao seu nível mental, de maneira gradualmente mais complexa, possibilitando, assim, estimular seu desenvolvimento de uma maneira contínua.

Quando uma criança erra uma tarefa proposta, ela denuncia, apenas, a ausência da estrutura mental para resolvê-la (quando, evidentemente, não for um problema de ordem afetiva). É necessário que se encare os resultados dos trabalhos realizados pelas crianças como um índice de suas necessidades ao invés de vê-los como uma sentença.

É interessante colocar que Jean Piaget iniciou seus estudos pesquisando as razões que levavam as crianças a responder errado as questões dos testes de inteligência. Como Piaget, os professores poderiam, de maneira geral, tomar os erros como os indicadores das estruturas cognitivas das crianças e servir-lhes para que se façam as perguntas: o que devo fazer agora? Recomeçar? Propiciar mais experiências? etc.

Colocar “certo” e “errado” em cadernos e provas , ainda mais em vermelho, rabiscando por cima da letra da criança, não modifica em nada a realidade cognitiva da criança, e decorar respostas, sabemos que é o caminho mais seguro para o esquecimento, além de ser um método agressivo, rude e que não considera os sentimentos de uma criança.

Uma exemplo: damos uma série de cartões com objetos, plantas, bichos e pessoas desenhados. Pedimos que as crianças os separem e / ou juntem-nos, formando conjuntos. Uma criança junta “todos os seres vivos” (pessoas, bichos e plantas) e os “não vivos” e uma segunda criança separa-os, formando vários agrupamentos pelo USO que se faz dos objetos (de comer, de beber, de vestir, etc.). Ora, não poderíamos dizer que uma acertou e a outra errou. Esses resultados nos fornecem importante dado sobre as crianças. Sabemos que a primeira utilizou uma estrutura cognitiva PRÉ-OPERATÓRIO (coleções figurais). Ninguém acertou, ninguém errou; o que podemos dizer é que uma usa determinada estrutura e para a resolução de problemas e a outra usa uma outra estrutura.

Devemos procurar, pois em cada “erro” da criança, buscar as atividades que devem ser propostas e estimular seu desenvolvimento.

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